Blockchain: o que é? Você também já ouviu falar muito em blockchain, mas ainda não sabe o que é ou como funciona? Então este post é para você!
Hoje, você irá entender de uma vez por todas o que é e como funciona a blockchain. Vamos lá?
O que você vai ver neste post?
– O que é blockchain?
– Como surgiu a tecnologia blockchain?
– E como funciona a blockchain?
– Existem tipos diferentes de blockchain?
– Blockchain públicas.
– Blockchain privadas.
– Quais são os riscos da blockchain?
– Blockchain Brasil.
O que é blockchain?
Blockchain – corrente de blocos em tradução livre, é uma tecnologia responsável por agrupar e conectar informações por meio de dados criptografados ao realizar operações. Ou seja, podemos dizer que é um enorme banco de dados compartilhados que registra informações.
É uma tecnologia bem importante no controle de fraudes e segurança de dados. Na blockchain, além de não ser possível apagar os registros, tudo se torna rastreável mantendo histórico de dados e operações.
E por que essa tecnologia se tornou tão importante? Simples: pela segurança oferecida. A blockchain armazena dados em sequência sem que haja alguém coordenando este processo.
Como surgiu a tecnologia blockchain?
A blockchain surgiu em decorrência das criptomoedas. Isso porque, com o advento das criptomoedas (como os Bitcoins), era necessário que as transações online fossem devidamente validadas e que, ao mesmo tempo que houvesse proteção de dados, o trabalho para os usuários fosse reduzido.
Atingir esse grau de segurança foi um grande desafio desde que esse tipo de moeda passou a existir no mercado online. Até que, em outubro de 2008, foi divulgado um whitepaper sobre o bitcoin (sistema de dinheiro eletrônico) que falava mais sobre moeda e o sistema em si.
Nesse material, não havia o termo “blockchain“, propriamente dito, mas trazia as palavras block e chain separadamente. O termo foi uma popularização do que envolvia a tecnologia.
Logo, essa foi a primeira vez que tivemos notícias da blockchain aplicada a algo.
Vale lembrar que, quando falamos em criptomoedas, o timing foi perfeito, visto que essas transações obrigatoriamente pediam por uma segurança, além das conhecidas até ali, para ter algo que garantisse que as transações e moedas não pudessem ser falsificáveis ou clonáveis.
Apenas para que você entenda: empresas financeiras tradicionais já usavam tecnologias importantes para fazer o controle e gestão de saldos e transações financeiras, mas, até então, na massiva parte dos casos, o processo era dependente de um terceiro para fazer o controle de tudo isso, fosse ele uma empresa, um banco ou até o Governo.
Já a blockchain não passa por este controle. A tecnologia foi desenvolvida para que os controladores fossem os próprios participantes do meio. Estes são responsáveis por controlar e auditar tudo o que acontece (transações, validações, decisões e etc).
Embora a blockchain continue sendo hoje um dos pilares das criptomoedas, o mercado blockchain passou a ter vida própria e entrar em outras áreas. Hoje, ela atua tanto em transações financeiras, quanto em softwares de gestão (para as mais diversas áreas) e contratos inteligentes.
E como funciona?
A blockchain funciona como um sistema de segurança para transações e uma das grandes vantagens dela, é que é impossível apagar um dado. Tudo aquilo que a rede por trás daquele sistema (seja ele qual for) que utiliza a blockchain faz, fica registrado e torna-se imutável.
Para você compreender melhor o funcionamento da blockchain, imagine um campo de futebol. Dentro deste campo, temos diversas caixinhas interligadas e conectadas em cadeia por meio de correntes. Ah, importante: cada quadradinho é identificado com um número de data, hora e letras.
O grande lance da blockchain, é que os chamados “blocos de informações”, ou cada um desses blocos, além de imutável, tem um pouco do bloco anterior e assim sucessivamente. Ou seja, como os saldos de cada endereço dependem das movimentações passadas, e essa tecnologia oferece uma segurança extremamente alta para os usuários, acaba tendo um altíssimo índice de confiabilidade.
Este processo é bem diferente das contas bancárias tradicionais, onde o banco armazena os dados, mas o histórico pode facilmente ser apagado (principalmente para períodos mais longos). A blockchain registra as movimentações e oferece o saldo com base nessas movimentações. E para isso, deve-se percorrer todo o histórico da cadeia.
A lógica é a seguinte:
Um usuário A envia um dado (moeda) para um usuário B. Este processo fica devidamente registrado em um bloco de informações. Quando o usuário B recebe essa moeda, ela passa metade dela para um usuário C, que, por sua vez, é alocada em um novo bloco criado a partir da sequência de dados anterior e assim sucessivamente.
No momento em que um bloco fica cheio de informações/ transações, ele é selado e ganha um tipo de carimbo de fechamento marcado com data e hora da operação (o timestamp). Quando isso acontece, ele é fechado com um identificador chamado hash.
Em meio a todas estas transações, também existem o que chamamos de mineradores, que são os responsáveis por validar as operações com base no hash. Para fazer isso, é necessário gostar (e muito) de matemática.
Os mineradores competem entre si para fazer os cálculos colocados pela tecnologia, quando terminam, enviam para toda a rede envolvida nas contas. A rede aprova o fluxo e o bloco é adicionado à cadeia e, então, começa a disputa de validação do bloco seguinte e assim sucessivamente.
Pelo trabalho realizado, no caso das criptomoedas, os mineradores são recompensados em moedas.
Diante de tudo isso, podemos dizer que os principais pilares da blockchain são: descentralização, transparência e livre acesso e imutabilidade.
Existem tipos diferentes de blockchain?
Sim! Existem diversos tipos de blockchain, mas as mais conhecidas são:
- Públicas;
- Privadas.
Públicas
Um grande exemplo são os bitcoins. Nesse tipo, não existe restrição de entrada, ela é descentralizada e qualquer pessoa pode ver as movimentações realizadas, não existe nenhuma entidade que seja o centro das informações.
Privadas
Com o crescimento das criptomoedas, as blockchain privadas foram desenvolvidas. Nelas, existe uma centralização de controle (uma empresa central).
Nesse caso, a entidade torna-se responsável por controlar quem pode participar da rede, bem como as regras e informações. Empresas como a própria pollvo, IBM, JBS, a Receita Federal do Brasil e alguns Governos estaduais utilizam essa tecnologia, pois precisam de privacidade para gerir informações de terceiros.
Quis são os riscos da blockchain?
Embora a tecnologia tenha um altíssimo índice de confiabilidade, não tem como isentar uma ferramenta tecnológica de riscos.
No caso da blockchain, existe um tipo de ataque que pode acontecer (o ataque 51%). Isso acontece quando um grupo qualquer consegue ter acesso a mais da metade do sistema operacional.
Ainda que esse tipo de invasão não possibilite a alteração de dados de outras pessoas, esses invasores poderiam burlar os sistemas e modificar transações a favor de si mesmos, tais como gastar duas vezes um mesmo recurso – o que é proibido.
Apesar de serem poucas as chances de um tipo de invasão como essa acontecer, mas é importante ter em mente que é uma possibilidade. Isso, inclusive, já aconteceu com o bitcoin e, no final, foram criadas novas moedas e a própria rede conseguiu se reorganizar do ataque.
Blockchain Brasil
Você já ouviu falar em blockchain Brasil? Trata-se de uma rede pública, sem fins lucrativos, cujo objetivo é trazer mais inovação, transparência e eficiência aos atos e contratos da administração pública.
A rede ainda está atuando em caráter experimental e a previsão de aplicação descentralizada é em 2023. A ideia é que ela funcione como uma enorme base pública de dados, onde as informações serão armazenadas em blocos e, para que um documento seja incluído nessa rede, deverá existir um consenso entre as partes envolvidas.
Como é o centro da tecnologia: uma vez inseridos, os documentos e informações não poderão ser alterados ou delatados, aumentando a segurança e integridade dos documentos governamentais.
Nesse cenário, o superintendente de Tecnologia da Informação do BNDES, Fernando Lavrado, contará com três tipos de participantes:
- Os patronos, que serão somente o TCU e o BNDES, com poder de voto e veto;
- Os participantes associados, que participarão da governança com voto e serão responsáveis pelos nós, com validação e registro das transações válidas na cadeia blockchain;
- Parceiros, que podem usar a rede e fazer transações, mas não participam no núcleo de validação e consenso.
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Até a próxima.